A App Store da Apple alcançou 10 bilhões de downloads neste sábado, enfatizando a liderança da fabricante do iPhone na batalha de software online para celulares.
A Apple lançou a loja do iPhone em meados de 2008 e alcançou sucesso imediato, impulsionando as vendas do smartphone e ajudando a remodelar a forma de distribuição de conteúdo para celulares.
A loja oferece mais de 300 mil programas, além de mais de 40 mil programas para iPad.
A rival mais próxima, a GetJar, que vende softwares para todas as plataformas, alcançou 1 bilhão de downloads em junho de 2010.
A Android Market, do Google, e a Ovi Store, da Nokia, são outras grandes lojas online para celulares.
O acesso ao e-mail por meio de computadores se reduziu nos EUA, enquanto cresceu a consulta por aparelhos móveis, indicam dados divulgados nesta quinta-feira pela empresa de consultoria comScore.
Em novembro passado, o número de pessoas que acessaram a provedores de e-mail online (sem incluir programas no disco rígido como Outlook) caiu 6% em relação ao mesmo mês do ano anterior, atingindo 153 milhões de usuários.
Por outro lado, durante esse intervalo de tempo, o acesso ao e-mail por dispositivos móveis aumentou 36% nos EUA, graças sobretudo à popularização dos smartphones (telefones multimídia e com acesso à internet) e chegou a 70,1 milhões de usuários, o que representa 30% de todos os clientes de telefonia celular com contrato.
Esses dados demonstram o quão rápido podem mudar os canais e por que agora é fundamental que as empresas de conteúdos tenham uma grande presença nos dois âmbitos, declarou Mark Donovan, diretor da comScore, ao apresentar os resultados deste estudo.
Além disso, as pessoas passaram, em média, 9% de tempo a menos nesses provedores de e-mail - como Gmail e Hotmail -, e consultaram 15% a menos de páginas.
A maior queda foi registrada entre os internautas mais jovens (entre 12 e 17 anos), com uma redução de 24% no acesso e uma queda de 50% no número de páginas visitadas.
Entre os homens, o retrocesso foi de 12%, enquanto entre as mulheres a baixa foi de 7%.
Mesmo assim, o acesso ao e-mail é uma das atividades mais comuns na internet. Mais de 70% dos americanos o consulta por meio de computadores pelo menos uma vez por mês.
O aplicativo do "New York Times" para iPad já atingiu 1,5 milhão de downloads desde que foi lançado, em abril do ano passado, segundo o diretor de circulação do "New York Times", Ray Pearce.
Esse número é superior à circulação do jornal impresso, que é de aproximadamente 950 mil nos dias de semana e 1,3 milhão aos domingos.
De acordo com Pearce, o número de downloads representa um movimento dos consumidores em direção ao consumo digital como uma "experiência profunda de leitura".
Ele ainda afirmou que a empresa está "muito feliz" com o consumo da informação pelos donos de iPad.
Um porta-voz da companhia disse que a experiência de leitura do iPad é similar à da mídia impressa.
Outra plataforma de leitura digital usada pela empresa, que obtém 85% de sua receita do veículo impresso, é o Kindle.
Diferentemente do iPad, os usuários que desejarem utilizar essa plataforma precisarão pagar assinatura. O Kindle, porém, não tem anúncios.
O perfil do cliente de internet no Brasil mudou em 2010, quando o número de acessos à banda larga móvel superou em 51,5% os acessos à banda larga fixa.
Segundo levantamento feito pela Telebrasil (Associação Brasileira de Telecomunicações), o país fechou 2010 com 34,2 milhões de acessos, sendo 13,6 milhões fixos e 20,6 milhões móveis.
A taxa de crescimento da banda larga foi de 71% no ano passado. A internet fixa foi a que menos contribuiu para esse incremento: subiu de 11,4 milhões para 13,6 milhões em 12 meses, o que representa elevação de 20%.
Entre os acessos móveis, o maior crescimento foi o de internet 3G por meio de smartphones: 257% no ano, para 14,6 milhões.
Em 12 meses, a venda de modems 3G cresceu 31%, chegando à marca de 6 milhões de acessos em dezembro de 2010. A velocidade média da conexão no país, constatada pela Telebrasil, é de 1,3 Mbps.
INCLUSÃO DIGITAL
O número de acessos à banda larga não corresponde ao total de pessoas que se conectam, já que uma pessoa pode ter mais de um acesso, assim como um acesso pode atender mais de uma pessoa.
Com o PNBL (Plano Nacional de Banda Larga), o governo quer levar internet barata, a R$ 35 ou menos, para 1.163 municípios ainda em 2011.
Essa estimativa de preço é para uma conexão de 512 kbps, quase a metade da média atual nacional.
O presidente da Anid (Associação Nacional para Inclusão Digital), Percival Henriques, encara o crescimento da banda larga como natural, mas vê algumas distorções nos dados.
Primeiro, ele afirma que há mais conexões fixas que o levantamento aponta, sobretudo em pequenas cidades onde as estatísticas oficiais não são exatas.
Nesses mesmos lugares, a velocidade costuma ser pior, por isso a média nacional deve ser menor.
Para Henriques, o crescimento das conexões, sobretudo por meio de smartphones, não configura inclusão digital, uma vez que os clientes desse tipo de serviço quase sempre já têm acesso à banda larga em casa.
"O tipo de demanda da pesquisa, da criança que acessa, da inclusão digital, ainda está na conexão fixa", afirmou. Além disso, a conexão móvel, grande parte via rádio, tem limitações físicas que implicam capacidade mais reduzida de navegação, apontou Henriques.
Ao divulgar os dados sobre conexão, a Telebrasil aproveitou para criticar a alta carga tributária que incide nos serviços de telecomunicações no país. Segundo a entidade, 43% do preço dos serviços é de impostos. No caso do modem, os tributos chegam a 78%.
O governo federal começou o ano com uma medida provisória que desonera modems e outros componentes destinados ao setor de telecomunicações, mas o setor ainda cobra mais redução de custos para o PNBL.
Em plena expansão no mercado dos celulares, o sistema Android da Google supera o domínio da Apple no setor dos tablets, com dezenas de fabricantes optando por ele, e pode reorientar a identidade do grupo californiano.
No centro das atenções do salão de eletrônicos (Consumer Electronics Show - CES) em Las Vegas (oeste dos Estados Unidos): o sistema Honeycomb, conhecido também como Android 3.0. Ele será equipado no tão esperado tablet Xoom (pronuncia-se zoom) da Motorola Mobility, bem como no próximo aparelho da Samsung e em outro da LG.
Muitos outros fabricantes, Dell e Lenovo, por exemplo, optaram também pelo Android.
Esses anúncios consecutivos coincidem com o fato de que agora o Android sobe para a segunda posição do ranking de sistemas operacionais mais utilizados nos smartphones nos Estados Unidos.
Segundo números publicados na quinta-feira pela empresa ComsCore, o Android possui uma fatia do mercado de 26% (+6,4 pontos em três meses), se aproximando do sistema BlackBerry que perde o fôlego (33%) e ultrapassando o iPhone (25%).
"O Honeycomb está por todo o CES", reparou na quinta-feira o analista financeiro Youssef Squali, do grupo Jefferies --apesar de, paradoxalmente, a Google não estar em exposição.
"O sucesso da Google nos celulares é uma vitória importante para um grupo que havia sido criticado por muitos que achavam que ele só sabia fazer uma coisa", cuidar de seu sistema de busca, disse Squali.
Na empresa Forrester, a analista Sarah Rotman Epps considerou que o sucesso do Android, e em particular do Honeycomb, que confirma a credibilidade da Google junto aos fabricantes, "representa uma ameaça bem maior para a Microsoft do que para a Apple".
"Dos 24,1 milhões de tablets que achamos que os consumidores americanos comprarão em 2011, a maioria continuará sendo iPads, mas os consumidores à procura de uma alternativa mais barata e rica em funcionalidades vão optar pelo Google e não pela Microsoft", explicou Rotman Epps.
No CES, os tablets com Windows são comparativamente raros.
Durante seu discurso de abertura na noite de quarta-feira, o dono da Microsoft Steve Ballmer mostrou vários projetos de aparelhos interessantes, em particular dos asiáticos Acer e Asus --mas dos quatro tablets ou híbridos (tablets/computadores) apresentados pela Acer, três rodam com Android e apenas um com Windows.
Semente da discórdia, o fabricante chinês Lenovo casa Windows com Android em seu aparelho, o mais notado do salão, o híbrido IdeaPad U1: em forma de computador portátil, o U1 funciona com Windows 7; mas quando a tela é retirada para se tornar um simples tablet, batizado de LePad, nos deparamos com o sistema Android - como se a Lenovo julgassem decididamente que o Windows é inapto para os tablets.
Pequeno consolo para a Microsoft: o Android é um sistema aberto e gratuito e "ninguém sabe se a Google está ganhando dinheiro com ele", disse Rotman Epps.
No entanto, com os aplicativos Google que estão incluídos no Android, como a ferramenta de busca, o correio eletrônico Gmail e instrumentos de produção de documentos, a popularidade do sistema ameaça ofuscar ainda mais parte do mercado da Microsoft em suas atividades mais rentáveis.