Usuários de telefone celular da Grande São Paulo passarão a contar até o final do ano com um prefixo extra, além do 11, utilizado hoje por 35 milhões de pessoas. Estudo da Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações), obtido pela Folha, mostra que a saturação de linhas deve ocorrer até o final de outubro, obrigando a adoção do código 10 para atender a demanda em 63 cidades.
A mudança será necessária em razão da explosão de vendas de aparelhos e chips, que deixou o sistema, que suporta 37 milhões de combinações de números, no limite de operação.
A implementação do novo código dobra os números disponíveis em São Paulo, que passariam a ser de 74 milhões, ou 3,5 por habitante, suficiente para acompanhar a expansão até 2025.
Com a alteração, as chamadas do prefixo 10 para o 11 não serão consideradas interurbanas. Para efetuar a ligação, a proposta da Anatel é que o usuário disque 010 e o número, mesmo nas ligações locais. Se for chamada a cobrar, o usuário discaria 90 seguido do prefixo 10 ou 11.
Segundo estimativas das operadoras, o custo para incluir um novo código é de cerca de R$ 150 milhões. As empresas devem arcar com essa despesa, que pode ser repassada para os usuários.
Cinco prestadoras operam com o prefixo 11: Vivo, Claro, TIM, Oi e Aeiou. A Vivo manifestou que apoia a implementação do código, "tendo em vista a iminente escassez de números na área 11", segundo sua assessoria.
As demais operadoras não quiseram se manifestar, sob a alegação de que o assunto está em discussão na Anatel, que abriu no dia 18 de maio consulta pública sobre o tema. O prazo acaba no dia 21, quando o órgão regulador deve oficializar a decisão sobre o novo prefixo e colocar a medida em prática.
A Folha apurou que a alternativa à implantação do novo código seria adicionar um nono dígito no número da linha, mas foi descartada pelo alto custo para implementação (R$ 304 milhões) - e isso implicaria mudanças em todo o país pela necessidade de padronização.
SÓ O 011
Apenas o código 11 se encontra próximo à exaustão, os demais ainda contam com uma folga considerável para suprir a demanda nos próximos anos, segundo a Anatel.
O fim da disponibilidade de números de celular com código 11 não será abrupta. Dependerá, entre outros fatores, dos estoques que as redes de varejo tenham feito de chips.
As vendas globais de semicondutores devem crescer 28,4% em 2010, para US$ 290,5 bilhões, uma alta modesta e em linha com as variações sazonais, segundo previsão divulgada nesta quinta-feira pela Associação da Indústria de Semicondutores (SIA, na sigla em inglês).
A estimativa é de que as vendas de chips aumentem 6,3% em 2011, para US$ 308,7 bilhões, e 2,9% em 2012, a US$ 317,8 bilhões.
"Mercados emergentes --especialmente China e Índia-- estão criando demanda por produtos de tecnologia que, por sua vez, demandam semicondutores", afirmou o presidente da SIA, George Scalise, em nota.
A indústria de chips iniciou o ano com estoques, mas não há evidências de acúmulo atualmente, segundo Scalise.
Por outro lado, ele espera que o ritmo de crescimento até o final deste ano seja moderado em relação ao mesmo período em 2009.
As principais fabricantes de chips incluem Intel, Texas Instruments, Advanced Micro Devices, STMicroelectronics, Nvidia e Hynix.
O Conselho Diretor da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), em reunião ocorrida hoje, aprovou revisão da regulamentação sobre a gestão da qualidade do Serviço Móvel Pessoal (SMP), que abrange os serviços de telefonia celular e banda larga móvel.
Com o objetivo de atualizar o regulamento, o texto da proposta inclui indicadores para avaliação da qualidade da banda larga 3G no país, como estabilidade da conexão e garantia de um percentual mais próximo da velocidade contratada pelos consumidores --atualmente as operadoras se comprometem a entregar apenas 10% da velocidade contratada.
Nos horários de pico, a prestadora de serviços terá de garantir uma velocidade mínima de 30% do valor máximo previsto no plano. Nos horários de menor tráfego, o porcentual exigido será de 50%. Os porcentuais exigidos passarão para 50% do valor máximo dos horários de maior movimento e 70% nos outros horários, um ano após a implementação da proposta.
O texto será encaminhado agora para consulta pública, pelo prazo 45 dias. Depois disso voltará para o conselho diretor para analisar as alterações sugeridas na consulta pública. O regulamento entrará em vigor 180 dias depois da publicação.
As vendas mundiais de semicondutores subiram 4,5% em maio ante abril, para US$ 24,7 bilhões, ajudada por fortes vendas de computadores pessoais, celulares, tecnologia de informação corporativa, aplicativos industriais e automóveis, informou a Associação da Indústria de Semicondutores (SIA).
A SIA espera que as vendas de computadores pessoais cresçam cerca de 20% e as vendas de celulares entre 10% e 12% este ano.
As vendas de chips subiram 47,6% em maio ante o comercializado um ano antes, com um leve declínio ante abril em uma taxa anual de crescimento.
A indústria de processadores começou a avançar no segundo semestre de 2009, como resultado, as comparações anuais devem continuar a desacelerar durante o segundo semestre de 2010, segundo a SIA.
"Crescentes preocupações sobre problemas como dívida soberana, queda na confiança do consumidor e pressões nos gastos governamentais não parecem ter afetado as vendas mundiais de semicondutores até o momento", disse o presidente da SIA, George Scalise.
As maiores empresas do setor são a Intel, Texas Instruments, Advanced Micro Devices, National Semiconductor, Nvidia, Qualcomm, STMicroelectronics, Samsung Electronics e Hynix Semiconductor.
A Apple anunciou nesta terça-feira (15) uma nova versão do Mac Mini, seu computador de mesa compacto sem monitor, teclado ou mouse.
Menor do que o antecessor e revestido em alumínio, o novo Mac Mini tem o dobro do poder gráfico da versão anterior, segundo a Apple, e inclui uma porta HDMI e um leitor de cartões SD.
Com a porta HDMI, é possível transmitir imagens em alta definição a um televisor --porém, assim como todos os computadores da linha atual da Apple, o Mac Mini não lê discos Blu-ray, sucessor do DVD.
À venda nos EUA a partir de US$ 699, o computador é o mais barato da Apple a contar com o sistema Mac OS X Snow Leopard.
A configuração básica inclui processador Intel Core 2 Duo de 2,4 GHz, 2 Gbytes de memória RAM e disco rígido de 320 Gbytes.
Segundo a Apple, o Mac Mini consome 25% menos energia do que o antecessor.
Com o Mac OS X Snow Leopard Server, para servidores, o Mac Mini sai por US$ 999 e vem com processador Intel Core 2 Duo de 2,66 GHz, 4 Gbytes de memória RAM e disco rígido de 500 Gbytes.
A Apple atribui o aumento da capacidade de processamento gráfico à placa GeForce 320M, da Nvidia, que conta com 48 núcleos de processamento.