A Microsoft anunciou nesta quinta-feira (3) uma nova versão do pacote gratuito Windows Live Essentials, que inclui o mensageiro instantâneo Messenger, o programa de correio eletrônico Mail, o organizador de imagens Photo Gallery e o editor de vídeos Movie Maker.
Os novos programas, porém, ainda não estão disponíveis para download. Versões beta (de testes) só serão oferecidas "dentro de alguns meses", segundo a Microsoft --em www.windowslivepreview.com, a empresa apresenta alguns dos novos recursos.
Brian Hall, gerente do Windows Live, afirmou que o gerenciamento de fotos do novo pacote da Microsoft é superior ao oferecido pelo software equivalente da Apple.
O iPhoto, incluso no iLife, é um dos trunfos dos computadores da empresa de Steve Jobs.
A nova função Photo Fuse, do Photo Gallery, promete unificar fotografias diferentes de uma mesma cena para criar uma "foto perfeita", segundo a Microsoft.
Suponha que você tirou duas fotos de um grupo grande e que, em uma das imagens, uma pessoa apareceu de olhos fechados.
Com o recurso, é possível substituir apenas o rosto dessa pessoa de olhos fechados pelo outro registro, em que ela aparece de olhos abertos.
Outra novidade do Photo Gallery é o reconhecimento facial, que permite identificar pessoas em fotos e organizar as imagens de acordo com os indivíduos que aparecem nelas.
O recurso é semelhante ao já oferecido pelos softwares concorrentes iPhoto, da Apple, e Picasa, do Google.
Além disso, o Movie Maker e o Photo Gallery serão capazes de enviar fotos e imagens diretamente para o Facebook, para o Flickr, para o YouTube e para o SkyDrive, serviço de armazenamento de arquivos da própria Microsoft.
O Movie Maker terá ainda suporte à edição de vídeos em alta definição (720p e 1.080p) e incluirá o modo Auto Movie, que automatiza a criação de uma apresentação de fotos e vídeos.
O Windows Live Essentials é um pacote complementar ao sistema operacional mais recente da Microsoft, o Windows 7.
Lançado em outubro de 2009, o Windows 7 carece de programas que costumavam vir inclusos no sistema, como o Mail e o Movie Maker, que passaram a ser oferecidos para download gratuito separadamente no Live Essentials.
As compras feitas pela internet no ano passado totalizaram R$ 10,6 bilhões, com alta de 30% no confronto com 2008, de acordo com pesquisa da consultoria de comércio eletrônico e-bit. Os números divulgados nesta terça-feira não consideram as vendas de veículos, passagens aéreas e leilões virtuais.
Cerca de 17,6 milhões de consumidores brasileiros já haviam feito pelo menos uma compra pela internet ao final de 2009, segundo o levantamento, com crescimento de 33%. O número representa 26% dos internautas no Brasil, o que mostra, de acordo com a consultoria, que ainda há muito espaço para crescer.
Desse total, 4,4 milhões tiveram a experiência de uma compra virtual pela primeira vez no ano passado, dos quais 60% têm renda familiar até R$ 3.000.
Entre os motivos do aumento no faturamento está a entrada das Casas Bahia, em fevereiro de 2009, no mundo virtual. Com a chegada do varejista francês Carrefour ao comércio eletrônico neste mês, todas as grandes redes presentes do país agora oferecem aos clientes a possibilidade de compras pelo mundo virtual.
"Empresas que já têm uma marca forte no varejo podem atrair novos consumidores para o canal", comenta o diretor geral da e-bit, Pedro Guasti. Para o setor, completa, é importante também porque a chegada de grandes "players" representam mais investimentos em mídia, plataforma e logística.
Livros, revistas e jornais lideraram as vendas virtuais, com 20% do volume de pedidos no ano passado, seguidos de saúde, beleza e medicamentos (13%). Com a redução de IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) para a linha branca, os eletrodomésticos garantiram a terceira posição no ranking (11%), praticamente dobrando a participação no ano anterior, logo à frente de itens de informática (9%) e eletrônicos (6%).
Entrega
No ano passado, 79% das entregas foram feitas dentro do prazo, com destaque negativo para o Nordeste (73%). O índice de atrasos foi maior na região, de acordo com a e-bit, pelo fato de a maioria dos centros de distribuição das lojas virtuais se concentrar no Sudeste. "Entrega no prazo é o principal fator de fidelização, seguido de atendimentio ao cliente", afirma Guasti.
Para 2010, a previsão é movimentar R$ 13,6 bilhões, repetindo o ritmo de expansão de 30% superior ao registrado no ano passado. Ao final do primeiro semestre, a projeção da e-bit é que 19,8 milhões de pessoas tenham adquirido pelo menos um produto pela internet e, para dezembro, a previsão é que o número chegue a 23 milhões.
O consultor especializado em varejo Eugênio Foganholo, da Mixxer, destaca que, embora a participação das vendas virtuais no faturamento total das grandes redes ainda seja pequeno, a internet está sendo cada vez mais usada na pré-compra de um produto. "É onde o consumidor vai se informar, pesquisar, comparar."
A opinião é compartilhada por Sérgio Herz, diretor da Câmara Brasileira de Comércio Eletrônico: "O consumidor está aprendendo a usar a internet a seu favor." A consulta ao preço de um item no mundo virtual, diz, às vezes é feita em smartphones em meio à negociação com o vendedor em uma loja física.
A reclamação sobre um produto em redes sociais, como o Twitter, é outra arma que está sendo usada pelos clientes. "É um desafio para as empresas jamais visto", ressalta, lembrando que, dependendo do número de seguidores de quem faz a queixa, o varejista pode ter que se preocupar --e muito-- com o alcance da propaganda negativa.
O Brasil foi o país que acrescentou mais usuários à internet em termos absolutos: foram 6 milhões de novos internautas no ano passado, número que representa um percentual de 20% em relação ao ano anterior, segundo pesquisa da empresa de estatísticas comScore, divulgada no final da semana passada.
Em 2008, o Brasil registrava 28,6 milhões de internautas. De acordo com os dados, 34,4 milhões de usuários únicos foram identificados no ano passado.
No total, a América Latina teve um crescimento de 23% no ano passado --e representa uma fatia de 8% da audiência da internet mundial.
Embora o Brasil represente 34% dos usuários da América Latina, 61% das compras via internet são feitas no país.
Os dados indicam ainda que usuários brasileiros também são os que passam a maior parte do tempo on-line, em uma média de 26,4 horas durante o mês de fevereiro deste ano. O tempo é superior à média mundial, cujo número é 22,6 horas, e à média latino-americana (24,3 horas mensais).
REDES SOCIAIS
A penetração das redes sociais no Brasil é muito forte, segundo os números: elas têm 77,5% de alcance no país.
A média da América Latina, entretanto, é mais alta: 81,9%.
O Facebook apresenta um baixo, mas crescente, índice de penetração no país: apenas 15% dos internautas aderiram à plataforma.
Embora não forneça números, a pesquisa sublinha a forte presença do Orkut como site de relacionamentos principal do país.
Já o Twitter aparece com quase 18 milhões de usuários no país, segundo os dados.
Na região latino-americana, o uso de redes sociais já ultrapassou o de e-mail, de acordo com o estudo: 81,9% dos internautas acessaram sites como Twitter e Facebook, em detrimento do e-mail, cujo acesso foi de 78,9% dos internautas.
As líderes absolutas nas preferências dos usuários, contudo, ainda residem nas clássicas ferramentas de busca, que lideram com 85,5% de adesão na internet.
A internet chega a 26% da população mundial, ou 1,7 bilhão de usuários, segundo dados de tráfego e navegação de quem esteve on-line em 2009. A telefonia móvel também teve um aumento em acessos, e deve chegar a 5 bilhões de assinantes apenas neste ano.
Os dados foram divulgados nesta terça-feira em relatório anual da União Internacional de Telecomunicações (ITU, na sigla em inglês).
De acordo com os dados, o número de internautas dobrou entre 2003 e 2009 --mas ainda não é suficiente, segundo a entidade, cujas projeções ambicionam metade da população mundial conectada à rede até 2015.
Até 2009, mais de 80% dos residentes nos países em desenvolvimento ainda não têm acesso à internet.
Apenas 12% das residências em países pobres possuem conexão à rede. Nos países desenvolvidos, esse índice sobe para 60% dos domicílios.
A revista "PC World" observa que os dados indicam ainda uma penetração muito baixa da conexão banda larga nos países pobres: uma média de 3,5% da população no final de 2009.
Grande parte do crescimento das telecomunicações nesses países provém da China e da Índia --que detêm mais de 33% de acesso à conexão pela internet móvel.
Na telefonia móvel, a cobertura chega próxima aos 90% da população mundial --a ITU espera que o índice chegue a 100% em 2015.
Até o final de 2009, 1,4 bilhão de domicílios possuíam aparelho de TV --o que representa uma cobertura equivalente a 5 bilhões de pessoas no mundo, ou uma penetração de 79%. Na África, contudo, a penetração ainda é baixa: apenas 28% das residências possuíam TV.
A Acer deve se tornar a líder mundial em notebooks neste ano. Ao menos, é esse o vaticínio dado pela própria companhia, que atualmente detém o posto de segunda maior fabricante, atrás apenas da HP, de acordo com o "Wall Street Journal" desta sexta-feira (18).
A companhia espera que a receita bruta cresça entre 10% e 15% do segundo trimestre para o terceiro, a partir da performance acima do esperado em alguns países.
"Temos respondido mais rápido que nossos competidores à demanda do mercado", disse o presidente da Acer, J.T. Wang.
"Somos um dos poucos que são capazes de responder ao mercado quando a demanda estabilizou na última parte do segundo trimestre, porque estávamos preparados."
A Acer disse ainda que espera um crescimento de mais de 50% nas vendas do mercado de PCs neste ano.
No primeiro trimestre, de acordo com a Gartner, a Acer vendeu 9,49 milhões de notebooks, e se tornou a maior fornecedora do período --um pouco à frente da HP, cujas vendas ficaram em 9,47 milhões de unidades.