Maior fabricante de computadores do país, a Positivo registrou um salto de 31,8% nas vendas do primeiro trimestre em relação ao mesmo período do ano passado, apoiada em uma disparada de entregas a clientes governamentais.
Até março, a empresa vendeu 425,7 mil computadores pessoais, contra 323,1 mil PCs um ano antes, segundo a prévia do trimestre divulgada pela empresa. O preço médio teve ligeira queda, para R$ 1.389 ante R$ 1.409 em 2009, principalmente por conta da queda no valor médio de notebooks, de 7,6% na comparação anual.
"Os menores preços médios em reais dos notebooks em relação ao primeiro trimestre de 2009 foram função, basicamente, da menor taxa de câmbio", explicou a Positivo em comunicado.
No total, a empresa vendeu 140,9 mil notebooks, 30,9% a mais que em igual período de 2009, e 284,8 mil computadores de mesa (desktops), 32,2% de crescimento.
A receita líquida total teve uma alta de 30,7%, para R$ 531,4 milhões.
"Esta performance de vendas foi positivamente influenciada pelo maior ritmo de entregas a clientes de governo", apontou a empresa, destacando uma alta de 109,7% no número de entregas a clientes estatais, que chegaram a 108,9 mil unidades.
"Tal crescimento foi função principalmente das maiores entregas para o projeto do Ministério da Educação. A estimativa é que sejam entregues para o mercado de governo mais de 330 mil PCs em 2010", estima a empresa para o segmento, o que representaria uma alta de 131% contra o observado em 2009.
No varejo foram vendidos 298,8 mil computadores, alta de 25,9% contra o primeiro trimestre do ano passado, um recorde para o período afirma a empresa.
Na área corporativa, as vendas caíram 47% ante os três primeiros meses de 2009, para 17,9 mil PCs. Apesar disso, o volume representa crescimento de 9,8% sobre o quarto trimestre. A Positivo espera uma reversão no cenário à medida que melhora a perspectiva de investimento das empresas.
"A companhia continuará investindo para capturar as oportunidades do mercado de pequenas e médias empresas, bem como em expandir a carteira de clientes de grandes empresas", afirma a empresa.
As ações da Positivo abriram em alta de 0,52% nesta sexta-feira, cotadas a R$ 19,20. Enquanto isso, o Ibovespa operava em queda de 0,22%.
No ano de 2015, mais de 50% dos computadores comprados para pessoas com menos de 15 anos serão equipados com uma tela sensível ao toque (touchscreen), segundo estudo divulgado pela Gartner no início de abril.
Por outro lado, analistas da consultoria apontam que menos de 10% das máquinas vendidas a empresas no mesmo ano terão essa função.
Leslie Fiering, pesquisador da Gartner, afirma que, apesar de esse recurso não ser algo novo, o interesse foi renovado por fenômenos como os smartphones multitoque e, mais recentemente, o iPad.
"Os smartphones mostraram o quão útil pode ser o touchscreen com uma implementação correta".
Os usuários que adotarão a tecnologia serão os que procuram entretenimento e jogos casuais no aparelho, diz o estudo.
A Gartner prevê que os usuários de smartphones com touchscreen irão querer estender a experiência do toque para seus computadores pessoais.
Segundo o estudo, um dos alvos da próxima onda de tablets será o consumo de filmes, jornais e e-books nos aparelhos.
A educação também é vista como mercado em potencial para o touchscreen. "Crianças entrando na escola acham a manipulação direta da tela um jeito natural de interagir."
A adoção lenta da tecnologia em empresas é creditada, entre outras razões, à dificuldade para digitar textos, segundo o estudo da Gartner.
A internet se transformou em 2009 na terceira maior mídia em receita publicitária, passando, pela primeira vez, o segmento de revistas.
Dos mais de US$ 440 bilhões gastos em propaganda no mundo, US$ 55,4 bilhões (12,6%) foram para a internet, segundo levantamento da consultoria ZenithOptimedia, do grupo Publicis.
Em um ano em que as receitas publicitárias globais caíram 9,8%, a televisão foi a mídia que sofreu menos. A razão, de acordo com a ZenithOptimedia, é que em tempos de recessão as pessoas assistem mais televisão.
Os gastos com TV caíram 6,7%, mas a fatia do segmento no bolo subiu de 38,1% para 39,4%. Jornais e revistas sofreram mais, levando a problemas financeiros centenas de publicações nos países desenvolvidos. A fatia dos jornais, que era de 25,1% em 2008, caiu para 23,1%. Para as revistas, a queda foi de 11,6% para 10,3%.
Pelas projeções da ZenithOptimedia, jornais e revistas vão continuar perdendo participação para a internet nos próximos anos, com a web se aproximando dos jornais em 2012. A internet deve receber 17,1% das receitas publicitárias em 2012, e os jornais, 19,4%. A TV deve ter um leve crescimento, fechando 2012 em 40,6%.
Para este ano, a consultoria prevê um crescimento de 2,2% nos gastos com publicidade, para US$ 456 bilhões. Mas o número ainda é bem inferior aos US$ 494 bilhões gastos em 2008, volume que só será superado em 2012 (R$ 499 bilhões).
Com EUA, Europa e Japão ainda em declínio em gastos de publicidade -os três mercados juntos vão encolher 0,8%-, o crescimento em 2010 virá dos países emergentes, alta de 8,5%. A América Latina, que cresceu 0,4% em 2009, deve ver o gasto com publicidade subir 9,3%. Ásia/Pacífico, excluindo Japão, deve crescer 10%.
O Bing, a ferramenta de pesquisa da Microsoft, aumentou sua fatia no mercado das buscas dos Estados Unidos em março, enquanto o Google escorregou um pouco, segundo estudo da consultoria comScore divulgado nesta semana.
A fatia do Bing subiu para 11,7% em março, enquanto o número era de 11,5% em fevereiro. Foi o décimo mês seguido de modestos crescimentos, segundo a empresa de análise da internet.
O parceiro de buscas da Microsoft, Yahoo!, também viu um pequeno crescimento em sua parte de mercado. O Yahoo! subiu de 16,8%, em fevereiro, para 16,9%, em março.
O Google segue como líder nas buscas nos Estados Unidos, apesar de ter apresentado uma ligeira queda. Ele caiu de 65,5%, em fevereiro, para 65,1%, em março.
A fatia do site Ask.com aumentou para 3,8%, enquanto a porcentagem do mercado da AOL seguiu a mesma, em 2,5%.
Mercado
O mês de março foi o décimo consecutivo em que o Bing apresentou pequenos ganhos em sua porcentagem do mercado. O buscador da Microsoft foi lançado em junho, acompanhado de uma campanha de publicidade de US$ 100 milhões.
A Microsoft e o Google têm melhorado as suas ferramentas de busca de maneira consistente em um duelo que têm favorecido a empresa de Mountain View, na Califórnia. Os concorrentes têm focado seus esforços em melhoras da pesquisa em dispositivos móveis e na incorporação de conteúdo em tempo real aos seus resultados de pesquisa.
O Yahoo! e a Microsoft firmaram uma parceria de dez anos baseada em pesquisa e publicidade em julho, visando enfrentar o Google.
Aumentou o número de empresas que planejam ampliar seus gastos com tecnologia em 2010, especialmente com hardware, segundo um estudo da Morgan Stanley divulgado na quinta-feira, o que sugere boas vendas para empresas como HP e IBM.
A pesquisa, que entrevistou 150 vice-presidentes de informação, indicou que os orçamentos reservados para tecnologia cresceram 3,2% em 2010, após uma queda de 1,8% em 2009, sinalizando "um aumento na confiança de uma retomada do crescimento de gastos com TI neste ano em todos os principais segmentos do setor".
Também houve um aumento de 1,5% em relação à mesma pesquisa realizada em janeiro, mostrando a maior confiança entre os entrevistados em relação às condições de negócios nos últimos meses.
Os gastos corporativos com hardware lideram a melhora, com um aumento planejado de 4,1%, seguido de uma alta de 3,7% nos gastos com software.
Empresas de grande e médio porte planejam a maior parte da expansão nos orçamentos de tecnologia.
