O acesso à internet por dispositivos móveis tem crescido continuamente e representou 2,81% dos acessos totais em setembro deste ano, segundo relatório da NetMarketShare divulgado nesta sexta-feira (1).
Em janeiro de 2009, os acessos à web por dispositivos tais como celulares, smartphones e tablets somavam 0,59%, segundo a pesquisa.
Também em janeiro de 2009, os computadores contavam com 99,29% dos acessos. Em setembro deste ano, 96,97%.
A taxa de acesso por consoles, como Playstation 3 e Xbox 360, manteve-se entre 0,03% e 0,05% em todo o período do estudo.
A pesquisa foi feita com base em 160 milhões de visitas mensais em sites parceiros da NetMarketShare, segundo a consultoria.
A Microsoft apresentará oficialmente em 11 de outubro uma série de smartphones usando a versão atualizada de seu sistema operacional, afirmou o Wall Street Journal nesta sexta-feira, citando pessoas próximas aos planos de lançamento.
A AT&T começará a oferecer esses celulares quatro semanas após o lançamento, que deve ocorrer em Nova York, com eventos adicionais em outras cidades, segundo o jornal.
A Microsoft vem sendo pressionada a criar um smartphone para concorrer com a Apple, que controla o mercado com o iPhone, e outras empresas que lançaram aparelhos com o sistema Android, do Google.
Inicialmente, a AT&T terá exclusividade para oferecer os smartphones com Windows Phone 7 nos Estados Unidos e irá disponibilizar três aparelhos --um da Samsung Electronics, um da LG Electronics e um da HTC Corp, conforme a reportagem.
A Microsoft e a AT&T não puderam ser imediatamente contatadas para comentar o assunto.
O Google anunciou que o lançamento oficial do polêmico serviço de mapas Street View será na próxima quinta-feira (30), em uma entrevista coletiva de imprensa.
Saiba como funciona o serviço de mapas Google Street View
A companhia promete novidades sobre o produto daqui para frente. Dentre elas, informa o Google, está uma nova proposta para permitir ao usuário ajudar a decidir os próximos lugares que devem ser adicionados ao produto no país.
O Google informou que as imagens serão liberadas gradativamente na própria quinta-feira.
Inicialmente, as cidades servidas com o Street View serão São Paulo (SP), Belo Horizonte (MG) e Rio de Janeiro (RJ), e a cidades do interior desses três Estados. À Folha, a assessoria de imprensa do Google não soube informar se o serviço será ampliado a outras cidades de Estados brasileiros.
A Fiat é parceira do Google Brasil no serviço de mapeamento de ruas.
Imagens do serviço vazaram no começo do mês --o que indicava que o serviço seria lançado no país em breve.
IMBRÓGLIO
Nem só de tecnologia impressionante é feito o serviço do Google: em julho, 37 Estados norte-americanos anunciaram a investigação sobre o Google devido à coleta de dados pelo Street View, e que ele ainda está em busca de informações sobre se o serviço quebrou leis de privacidade ao capturar informações privadas de usuários de internet por meio de suas conexões Wi-Fi.
Trata-se de um desdobramento da investigação iniciada pelo procurador-geral do Estado de Connecticut, Richard Blumenthal, no mês anterior.
O caso foi à tona no mês de maio nos Estados Unidos.
À época, o Google anunciou que a frota de carros tinha acidentalmente recolhido informações pessoais --que um especialista em segurança disse poder incluir mensagens de e-mail e senhas.
O Street View é um serviço de mapeamento de ruas que usa um carro, antenas e câmeras para fotografar os locais por onde o veículo passa. Está disponível em diversos países --dentre eles, o Brasil.
Segundo o diário econômico norte-americano "The Wall Street Journal", em carta aberta enviada ao Google, Blumenthal pediu detalhes específicos acerca da coleta de dados --o que inclui informações sobre uma possível venda ou uso dos dados coletados.
Blumenthal também pediu ao Google que informasse se o programa de coleta de dados foi testado, quanto tempo o softwares passou coletando dados de sinais específicos --além de divulgar nomes dos empregados envolvidos e suas respectivas explicações sobre o caso.
A companhia reiterou que a coleta se tratou de um "erro", mas que não cometeu "nada ilegal".
"Vamos continuar a colaborar com as autoridades pertinentes para responder às suas questões e interesses", disse o Google, em comunicado.
As investigações e pressões sobre questões de privacidade do serviço de mapeamento também se estendem aos países europeus.
Era um computador muito engraçado, o iPad: não tinha câmera, não tinha multitarefa (capacidade de rodar vários programas ao mesmo tempo). Mas já vendeu mais de 3 milhões de unidades ao redor do mundo desde a sua chegada ao mercado, em abril deste ano.
A falta de câmera e outras queixas dos usuários só serão sanadas, quiçá, no próximo modelo a ser lançado pela Apple.
Porém a função multitarefa --já disponível no iPhone e no iPod touch- tem data para chegar ao iPad: novembro, quando os usuários poderão atualizar o sistema operacional do aparelho, o iOS, para a versão 4.2.
Na semana passada, a empresa liberou para desenvolvedores a versão beta do iOS 4.2 para iPad, à qual a Folha teve acesso.
COMO FUNCIONA
Para alternar de um programa para outro, basta pressionar duas vezes o botão principal.
Surgirá uma faixa horizontal na parte inferior da tela, onde estarão os ícones dos últimos aplicativos usados. Basta pressionar um deles para abrir o programa.
Com multitarefa no iPad, torna-se possível usar outros softwares enquanto se conversa no Skype ou em um mensageiro instantâneo, por exemplo, e ouvir música em um aplicativo de rádio on-line enquanto se navega na internet.
Desenvolvedores, porém, precisam atualizar seus aplicativos de iPad para que eles sejam compatíveis com multitarefa --é por isso que eles receberam a atualização antecipadamente.
Outra novidade bem-vinda é a possibilidade de organizar os aplicativos em pastas, uma forma prática de arrumar a bagunça de um iPad lotado de programas.
Com o iOS 4.2 também é possível imprimir documentos em impressoras ligadas a uma rede sem fio e --antes tarde do que nunca- localizar palavras dentro de uma página da internet.
FICHA TÉCNICA
IOS 4.2 BETA
NOVIDADES Multitarefa, pastas, impressão sem fio, Game Center, caixa de entrada unificada, busca de texto no Safari, entre outras
LANÇAMENTO OFICIAL Novembro
ONDE www.apple.com/ipad/software-update/i
QUANTO Gratuito
AVALIAÇÃO Ótimo
Índios, pescadores e estudantes que vivem nos pontos mais remotos da Amazônia começaram a descobrir o mundo a partir de suas aldeias por meio da internet, que atravessou a floresta para abrir as portas do conhecimento a milhões de excluídos.
Os quase 2,5 milhões de pessoas que vivem em centenas de localidades do interior do Pará começaram a superar a barreira do analfabetismo digital graças a um plano do Governo estadual, que desde 2007 estendeu cerca de dois mil quilômetros de cabos de fibra óptica no meio da floresta.
"Muitas das aldeias incluídas no programa tiveram acesso à internet antes da chegada da telefonia celular", disse o secretário de Assuntos Estratégicos do Pará, Maurilio Monteiro, responsável pela revolução.
O programa NavegaPará recebeu até agora um investimento de cerca de US$ 50 milhões, "uma soma ínfima se pensarmos nos enormes lucros gerados para muitas pessoas que jamais saíram de suas aldeias e agora têm acesso ao mundo", disse Monteiro.
Trata-se de gente que, em sua maioria, pertence às camadas mais baixas da sociedade, tem níveis de renda muito inferiores à média nacional e, portanto, não atraíam o interesse das grandes empresas operadoras de telefonia e serviços de internet, segundo o secretário.
A internet, inclusive, chegou a Prefeituras, sedes e quartéis da Polícia, centros de saúde e outros organismos públicos que antes mal contavam com um telefone fixo e agora estão interligados através da rede com todas as instituições oficiais do Pará.
"Se o Estado não assumisse esta tarefa, esta população teria ficado condenada à exclusão digital, pois, para empresas privadas, esses setores sociais não são os mais atrativos", afirmou Monteiro.
Junto aos cabos de fibra óptica, estendidos através das redes de distribuição de eletricidade, chegaram também cerca de 1.600 computadores portáteis que foram instalados em escolas, sindicatos e outras dependências aproximadamente cem aldeias e municípios incluídos no programa.
Os centros de internet receberam todos os equipamentos das mãos do estado, que, além disso, estabeleceu parcerias com ONGs que colaboram na formação dos usuários e em outras tarefas, como a manutenção dos computadores.
O acesso a internet nas aldeias amazônicas é totalmente gratuito, pois o estado do Pará também paga as contas de eletricidade e as despesas geradas pelos centros, explicou o secretário.
Monteiro destacou alguns casos, como o da aldeia Praia do Mangue, habitada por cerca de 150 índios da tribo Munduruku, que hoje navegam pela internet "com a mesma naturalidade" que o fazem com suas canoas pelas turvas águas do rio Tapajós.
A iniciativa deu lugar a dezenas de blogs e páginas nas quais os indígenas recuperam sua história, entram em contato com membros de outras tribos, trocam informação sobre técnicas de pesca ou cultivos ou simplesmente divulgam seus artesanatos.
Em Santarém, uma cidade de cerca de 200 mil habitantes a quase 1.400 quilômetros de Belém, um grupo de jovens criou um portal no qual, por meio de vídeos, mostram a cultura local e também suas habilidades para a dança.
Embora tudo seja financiado pelo governo, há lugar também para a crítica e a dissidência, com o tradicional espírito de liberdade da internet, apontou Monteiro.
Citou, como caso concreto, um blog criado por um grupo de mulheres da cidade de Altamira, que por meio da rede manifesta sua rejeição à construção da usina hidroelétrica de Belo Monte, um dos principais projetos energéticos do governo Lula.