Após nove dias de seu lançamento, a versão para iPad da revista "Wired" está relatando um feito surpreendente: as vendas da edição digital deverão ultrapassar as da impressa.
Segundo o "The New York Observer", após pouco mais de uma semana do seu lançamento, a edição para iPad já vendeu 73 mil cópias. Como a tiragem da versão impressa é de cerca de 80 mil por mês, é dado como certo que a revista digital venderá mais. Ambas são comercializadas por US$ 4,99.
O jornal cita ainda o fato de Steve Jobs, executivo-chefe da Apple, ter mostrado a capa da revista digital durante a apresentação do iPhone 4. "Agora posso morrer feliz", afirmou no Twitter o editor da "Wired", Chris Anderson.
O iPad já vendeu mais de 2 milhões de unidades no mundo, em pouco mais de dois meses de existência.
Ainda de acordo com Jobs, mais de 5 milhões de livros digitais foram baixados desde que o tablet da Apple foi posto à venda.
Outros 35 milhões de downloads dos 8.500 aplicativos desenvolvidos para iPad foram feitos.
As vendas globais de semicondutores devem crescer 28,4% em 2010, para US$ 290,5 bilhões, uma alta modesta e em linha com as variações sazonais, segundo previsão divulgada nesta quinta-feira pela Associação da Indústria de Semicondutores (SIA, na sigla em inglês).
A estimativa é de que as vendas de chips aumentem 6,3% em 2011, para US$ 308,7 bilhões, e 2,9% em 2012, a US$ 317,8 bilhões.
"Mercados emergentes --especialmente China e Índia-- estão criando demanda por produtos de tecnologia que, por sua vez, demandam semicondutores", afirmou o presidente da SIA, George Scalise, em nota.
A indústria de chips iniciou o ano com estoques, mas não há evidências de acúmulo atualmente, segundo Scalise.
Por outro lado, ele espera que o ritmo de crescimento até o final deste ano seja moderado em relação ao mesmo período em 2009.
As principais fabricantes de chips incluem Intel, Texas Instruments, Advanced Micro Devices, STMicroelectronics, Nvidia e Hynix.
A taiuanesa Prime View (PVI), maior fornecedora mundial de telas para leitores digitais, espera que a produção em 2010 triplique em relação ao ano passado e que dobre ou triplique em 2011.
A empresa fabrica telas eletrônicas flexíveis, ou e-paper, que não precisam de luz para serem utilizadas, eliminando a necessidade do sistema atual de iluminação das telas LCD, que dominam o mercado de notebooks atualmente.
"Mais marcas estão chegando ao mercado e mais aparelhos com tamanhos diferentes são vendidos por mais distribuidoras, assim o mercado está crescendo bem rápido", disse o presidente do conselho da empresa, Scott Liu.
"Há espaço para o mercado crescer no longo prazo", disse Liu.
A PVI tem entre seus maiores clientes a Amazon e a Sony.
Nesta semana, durante a feira Computez, em Taipei, Acer, Asustek Computer, Delta Electronics e Hanwang apresentaram leitores digitais que permitem aos usuários lerem livros e revistas obtidos na internet.
Enquanto as tradicionais telas de cristal líquido (LCD) para computadores e TVs são rígidas, o e-paper utiliza um substrato plástico, em vez de vidro, que garante flexibilidade. Diferentemente do LCD, quando desligado, o e-paper não tem seu modo de exibição alterado.
Liu disse ainda que o iPad, da Apple, não deve tomar participação de mercado dos e-books.
"Eles estão em categorias diferentes. Se você quer mais funções você usa o iPad, mas se quer algo muito simples para ler, você precisa de um e-reader."
As conexões de internet no Brasil são caras e lentas, mas, aos poucos, os brasileiros começam a migrar para pacotes que oferecem velocidades mais elevadas. É o que mostra a última pesquisa do Ibope Nielsen Online.
Os dados indicam que, em abril, 57,3% dos internautas brasileiros ativos já navegavam acima de 512 Kbps. Em janeiro, somavam 54,1%.
Essa velocidade é a definida como mínima pelo PNBL (Plano Nacional de Banda Larga), que pretende conectar 68% dos domicílios do país até 2014.
Internauta ativo é aquele que usa a internet pelo menos uma vez por mês de sua residência. Em abril, eles totalizaram 28,7 milhões no país, número que praticamente não sofreu alteração desde janeiro.
José Calazans, analista de mídia do Ibope, afirma que esse movimento revela uma "nítida migração para pacotes de internet mais rápida".
Entre janeiro e março, a participação dos internautas com conexão entre 512 Kbps e 2 Mbps passou de 41,3% para 43,8%. Por sua vez, a participação dos usuários com conexão entre 2 Mbps e 8 Mbps cresceu de 9,8% para 10,3%. Acima desse limite não houve alteração na quantidade de internautas.
PREÇO
Analistas acreditam que a maior competição entre as empresas de internet tem provocado a queda de preço dos pacotes com velocidades entre 1 Mbps e 8 Mbps. Em parte, isso explicaria a mudança dos internautas.
Um exemplo: em Estados onde a GVT passou a competir com a Oi, como Bahia e Minas Gerais, houve maior adesão a planos acima de 3 Mbps. Antes a Oi só oferecia pacotes com 1 Mbps, e a GVT entrou com planos acima de 3 Mbps.
Além disso, independentemente da qualidade e do custo da internet, os brasileiros estão entre os que mais tempo passam conectados à rede, segundo a consultoria americana Akamai.
É justamente nos pacotes com velocidade superior a 8 Mbps que estão os internautas brasileiros que mais tempo ficam conectados. Em média, eles passaram 47 horas on-line em abril. A média nacional foi de 43 horas.
A internet chega a 26% da população mundial, ou 1,7 bilhão de usuários, segundo dados de tráfego e navegação de quem esteve on-line em 2009. A telefonia móvel também teve um aumento em acessos, e deve chegar a 5 bilhões de assinantes apenas neste ano.
Os dados foram divulgados nesta terça-feira em relatório anual da União Internacional de Telecomunicações (ITU, na sigla em inglês).
De acordo com o documento, o número de internautas dobrou entre 2003 e 2009 --mas ainda não é suficiente, segundo a entidade, cujas projeções ambicionam metade da população mundial conectada à rede até 2015.
Até 2009, mais de 80% dos residentes nos países em desenvolvimento ainda não tinham acesso à internet.
Em outra medição, apenas 12% das residências em países pobres possuem conexão à rede, enquanto nos países desenvolvidos o índice sobe para 60% dos domicílios.
A revista "PC World" observa que os dados indicam ainda uma penetração muito baixa da conexão banda larga nos países pobres: uma média de 3,5% da população no final de 2009.
Grande parte do crescimento das telecomunicações nesses países provém da China e da Índia --que detêm mais de 33% de acesso à conexão pela internet móvel.
Na telefonia móvel, a cobertura chega próxima aos 90% da população mundial --a ITU espera que o índice chegue a 100% em 2015.
Até o final de 2009, 1,4 bilhão de domicílios possuíam aparelho de TV --o que representa uma cobertura equivalente a 5 bilhões de pessoas no mundo, ou uma penetração de 79%. Na África, contudo, a penetração ainda é baixa: apenas 28% das residências possuíam TV.