A Apple, fabricante do iPod, iPhone e iPad, ultrapassou a gigante Microsoft nesta quarta-feira e se tornou a maior companhia de tecnologia em valor de mercado, segundo informações do "The New York Times".
As ações da Apple encerraram o dia em queda de 0,45%, dando a empresa um valor de mercado--o número de ações multiplicado por seu valor-- de US$ 222,07 bilhões. Já as ações da Microsoft caíram cerca de 4,07% e a empresa ficou estimada em US$ 219,18 bilhões.
Segundo o jornal, a mudança de liderança é uma das maiores "reviravoltas na história dos negócios", uma vez que a Apple era dada quase como acabada há uma década.
"É a reviravolta mais importante que eu vi ocorrer no Vale do Silício [centro da tecnologia nos EUA]", afirmou Jim Breyer, um investidor de risco.
O valor da ação da Apple é dez vezes maior que há dez anos, quando a empresa começou a lucrar com a revolução que gerou no setor de eletrônicos com produtos estilosos como iPod, iPhone e notebooks MacBook.
Já a Microsoft, que produz o sistema operacional usado em 90% dos computadores do mundo, o Windows-- não conseguiu o mesmo sucesso para suas ações. Suas ações caíram cerca de 18% na comparação com o preço de 10 anos atrás.
A Apple, que teve dificuldade durante muitos anos para popularizar seus produtos, aceitou um investimento de US$ 150 milhões da Microsoft em 1997 para se manter.
A Apple é agora a segunda maior empresa entre as companhias que integram o índice Standard & Poors 500 em valor de mercado, atrás apenas do grupo de energia Exxon Mobil.
Cerca de 60% das pequenas e médias empresas latino-americanas que administram um site próprio se servem das possibilidades oferecidas pela internet para fazer propaganda de seu trabalho empresarial, segundo revelou um relatório encomendado pelo Google e apresentado neste sábado (22) em Bogotá.
Das 3.600 pequenas e médias empresas de países como Brasil, Argentina, Chile, Colômbia e México (que foram entrevistadas pela empresa de consultoria Pyramid Research para o Google), 86% contam com um site, o que permitiu identificar o grau de vinculação destas empresas com a internet.
As pequenas e médias empresas da região sem site, que correspondem a 14% das consultadas, confirmaram que utilizam alguma forma a publicidade on-line ou que têm a intenção de fazê-lo nos próximos meses.
Dentre os tipos de publicidade às quais pequenas e médias empresas recorrem estão os anúncios contextuais e em buscadores (como Google ou AdWords); os gráficos (como banners); e anúncios multimídia.
Por outro lado, o "Estudo de tendências de uso de internet nas pequenas e médias empresas da América Latina" ressaltou que apenas 18% dos sites de pequenas e médias empresas permite, atualmente, as transações on-line.
Os dados sobre publicidade e comércio eletrônico refletem, segundo este reporte, que aumentou o interesse das pequenas e médias empresas latino-americanas em incorporar as ferramentas de internet entre suas estratégias, mas que "muitas estão ainda começando".
"Observamos um tremendo potencial para a adoção de ferramentas on-line entre as pequenas e médias empresas da região", considerou o diretor de vendas on-line do Google América Latina, John Ploumitsakos. "Cerca de 31% da população da América Latina e do Caribe utiliza internet."
Para o executivo, "o consumidor está pedindo novas funcionalidades e maiores opções no comércio eletrônico, logo, os comerciantes tradicionais devem seguir a tendência traçada pelo usuário para não ficar fora do jogo".
As pequenas e médias empresas latino-americanas representam 95% do total de empresas da região e se levantaram como os motores e grandes geradores de emprego da economia regional, segundo reconheceu o presidente do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), Luis Alberto Moreno, o março passado.
O Brasil lidera com 29% a lista de países de maior adoção de comércio eletrônico em sites da internet, seguido pela Colômbia, onde 23% de pequenas e médias empresas implementaram ferramentas para desenvolver o comércio eletrônico.
Chile, México e Argentina os seguem com menores níveis de envolvimento.
O estudo da Pyramid Research mostrou que não só o nível de aproveitamento tecnológico poderia ser melhorado, mas também concluiu que, "em termos gerais, a sofisticação tecnológica na América Latina continua sendo baixa".
"As pequenas e médias empresas precisam otimizar seus sites na internet, habilitar funcionalidades que permitam uma maior interatividade, assim como utilizar as diferentes ferramentas disponíveis para fazer propaganda on-line", destacou Ploumitsakos.
Na corrida pelo domínio do mercado de livros eletrônicos protagonizada pelos gigantes da tecnologia (como Apple, Google e Amazon), os beneficiados vão além dos aficionados por leitura.
Escritores independentes, aqueles que publicam as próprias obras sem ajuda de uma editora, também podem tirar vantagem da concorrência.
Entre os ganhos estão maior retorno financeiro, variedade de plataformas e ferramentas para promoção com potencial de atingir muita gente.
As primeiras pistas da nova era da autopublicação foram dadas pela Amazon ainda em janeiro, quando a Apple anunciou ao mundo a vinda do iPad.
A loja virtual estabeleceu o aumento dos direitos autorais relacionados a livros eletrônicos. A partir de 30 de junho, escritores que vendem na Amazon receberão 70% do preço da venda --o valor atual é de 35%.
A Apple deu o troco e costurou parcerias para levar ao iPad, por meio do aplicativo iBook, livros eletrônicos de escritores independentes.
Os sites Lulu e Smashwords ganharam a benção da empresa de Steve Jobs para ser a porta de entrada para o badalado tablet.
"A guerra tecnológica tem um grande benefício, que é colocar a possibilidade da autopublicação em destaque", diz Ricardo Almeida, diretor-geral do Clube dos Autores, site que funciona como ferramenta para escritores independentes brasileiros.
Há 15 dias, o Google revelou um novo serviço que deve expandir ainda mais as fronteiras da autopublicação. Com o Google Editions, a gigante das buscas passará a vender livros eletrônicos, incluindo aqueles de escritores independentes.
"Comercializaremos qualquer livro com ISBN disponível pelo Google Book Search cujo detentor de direitos nos autorizar a comercializar suas obras por meio do Editions.
O preço de cada livro será determinado pelo detentor dos direitos", disse à Folha Rodrigo Velloso, representante da empresa no Brasil.
O Google deverá esquentar ainda mais o mercado de livros eletrônicos, caso se confirme o projeto de seu próprio tablet.
As receitas com publicidade nos Estados Unidos cresceram 7,5% no primeiro trimestre de 2010, quando comparadas com o mesmo período de 2009.
Os números foram divulgados nesta quinta-feira (13) pela IAB (Agência de Publicidade Interativa, na sigla em inglês) em parceria com a PricewaterhouseCoopers.
O percentual representa US$ 5,9 bilhões --até então, a mais alta receita do segmento no período trimestral, segundo o comunicado.
"Vemos o crescimento ano a ano como um reflexo de confiança dos comerciantes no valor e na efetividade da propaganda interativa", afirma Randall Rothenberg,
da IAB.
"A internet, juntamente com a inovação tecnológica explosiva em dispositivos e plataformas, tem transformado a vida dos consumidores, dando-lhes acesso a
entretenimento e informação quando e onde querem. É por isso que a publicidade interativa e dinâmica indústria do marketing empresta principal combustível para
a economia dos EUA."
A IAB é composta por mais de 460 executivos de mídia e empresas de tecnologia responsáveis por 86% da publicidade on-line nos Estados Unidos.
O mundo logo esgotará o número de endereços de internet disponíveis, por conta da explosão no número de aparelhos conectados com a web, a menos que as
organizações adotem uma nova versão do Internet Protocol, declarou o presidente da organização que aloca os endereços IP.
Rod Beckstrom, o presidente da Icann, disse que apenas 8% a 9% dos endereços ipv4 ainda estão disponíveis, e que as companhias precisam adotar o novo
padrão ipv6 o mais rápido possível.
"Estão se esgotando", declarou em entrevista. "A mudança realmente precisa ser realizada; estamos chegando ao final de um recurso escasso."
O ipv4, usado desde que a internet se tornou pública, nos anos 80, foi criado com espaço para apenas alguns bilhões de endereços, enquanto a capacidade do ipv6
é da ordem dos trilhões.
Uma multiplicidade de aparelhos, entre os quais câmeras, players de música e consoles de games, estão se somando aos computadores e celulares na conexão à
web, e cada um deles precisa de um endereço IP próprio.
Hans Vestberg, presidente-executivo da fabricante de equipamentos para telecomunicações Ericsson, previu no começo do ano que haveria 50 bilhões de
aparelhos conectados, até 2020.
Beckstrom disse que "é uma grande tarefa administrativa e de operações de rede... mas terá de ser realizada, porque nós, seres humanos, estamos inventando
tamanho número de aparelhos que usam a internet, agora."
Beckstrom estava em Moscou para a entrega formal do primeiro nome de domínio internacional em alfabeto cirílico para a Rússia. Em lugar de ter de usar o domínio
".ru", expresso no alfabeto latino, as organizações russas agora poderão empregar seu equivalente em cirílico.
A Icann aprovou a introdução gradual de nomes de domínio internacionalizados no ano passado. Países podem solicitar nomes de domínio nacionais em outras
formas de alfabeto, como o arábico ou o chinês, e isso no futuro será expandido para todos os nomes de domínio da internet.
Até o momento, Rússia, Egito, Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos obtiveram aprovação da Icann para usar seus alfabetos nacionais no domínio de primeiro
nível, a parte do endereço que vem depois do ponto.